Conto de Lygia Bojunga
Escritora brasileira, escreveu inicialmente os seus livros sob o nome Lygia Bojunga Nunes. Nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. Trabalhou durante muito tempo para o rádui e a televisão, antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), a primeira representante brasileira a ganhar o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982), o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986) e o Prêmio Astrid Lindgren Memorial Award (2004).
Em seu livro “TCHAU”, a autora traz a história de uma família, em que a mãe está apaixonada por outro homem e então decidi se separar do marido e, consequentemente, dois filhos pois o homem por qual ela se apaixonou não quer que ela os levem. A mãe conversa com sua filha, Rebeca, implora a mãe para não fazer isso.
Em meios aos conflitos da separação, está Rebeca, que finge não está compreendendo o que se passa em sua volta. Ao deparar – se com o pai em estado de dar pena, Rebeca resolve prometer ao pai que não deixará a mãe ir embora.
No final do conto, quando a mãe está indo embora, Rebeca puxa a mala impedindo-a de sair.
Rebeca aproveitou a distração da mãe, para se agarrar na mala de um jeito que pra mãe levantar a mala ia ter que levantar a Rebeca também. E a buzina do taxi que a levaria tocou.
A mãe abriu o olho (parecia que a tonteira tinha passado), disse:
- Tchau. - E saiu correndo.
Rebeca aproveitou a distração da mãe, para se agarrar na mala de um jeito que pra mãe levantar a mala ia ter que levantar a Rebeca também. E a buzina do taxi que a levaria tocou.
A mãe abriu o olho (parecia que a tonteira tinha passado), disse:
- Tchau. - E saiu correndo.
Rebeca deixa o seguinte bilhete para o pai:
Querido paiNão deu para eu cumprir a promessa, a mãe foi mesmo embora.
Mas a mala dela ficou. E eu acho que assim, sem mala, sem roupa pra tocar, sem escova de dente nem nada, não vai dar para a mãe ficar muito tempo sem voltar. Não sei. Vamos ver.
Eu arrastei a mala e escondi ela debaixo da sua cama, viu?
Um beijo da
Rebeca.
Nesse conto, podemos perceber a separação dos pais na visão dos próprios filhos, ainda mais quando esses ainda são crianças. É importante que a criança saiba o que estar acontecendo ao seu redor e ao seu modo, ela vai compreendendo a situação familiar pela qual está passando.
Referência:
Tchau – São Paulo, SP: Livraria AGIR Editora, 1984
Independente uma função específica na vida do leitor, o conto já cumpre sua função por nos emocionar! Viva Lígia Bojunga e sua escrita sensível! O blog ta animado e cheio de histórias interessantes, mas e nossas reflexões teóricas?
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