quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os livros como mestres

“Um texto não apenas se apóia numa competência, mas também contribui para criá-la"      
  Umberto Eco


“Em livros como mestres”, Colomer destaca a importância do contato desde cedo com uma grande variedade de livros, isto porque, o que uma criança pode entender não depende unicamente do desenvolvimento intrínseco de suas capacidades interpretativas, como se estivéssemos tratando do crescimento de uma planta, mas que também está condicionado pelo o que está presente à sua volta e é familiar à sua cultura (p.75).
A autora afirma que o professor precisa compreender que: o leitor mudou, pois este acompanha o avanço da sociedade ocidental; o leitor está em contato direto com uma grande presença de meios audiovisuais; o leitor tornou-se contemporâneo do ponto de vista artístico, ou seja, as crianças estão sujeitas ao conjunto do sistema literário e visual de nossas sociedades.
Pensando nisso, o professor precisa entender que os livros infantis devem resolver dois tipos de dificuldades: em primeiro lugar, a dificuldade do desajuste entre o que as crianças já são capazes de entender oralmente e o que podem ler elas mesmas; em segundo lugar, a dificuldade de que histórias muito simples podem gerar desgosto pelas crianças.
         A literatura do século XXI traz novos temas, novos cenários, novas ações dos personagens, diversos tipos de finais. Há uma ruptura dos tabus temáticos, um domínio da fantasia, do humor, do jogo literário e esse novo universo literário requer atitudes e competências leitoras diferentes dos que eram necessárias anos atrás.
A formação desse futuro leitor certamente enfrente um contexto de enormes contradições e desafios, em meio a tecnologias e resistências do passado, mas cabe principalmente ao professor conscientizar-se como um cidadão leitor e inserido no mundo literário apresentar as portas do saber e da viagem maravilhosa que representa a leitura na vida de todos.


Referência:

COLOMER, Teresa. Os livros como mestres. In: ______ Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.

sábado, 21 de maio de 2011

O menino que viu uma Coisa

Este Menino deixou de ir à Escola hoje...
Ele queria ir explorar uma casa abandonada que viu no caminho...
O que será que ele vai achar lá dentro?


Todo dia era a mesma coisa. Sua mãe entrava no quarto e dizia:
- Dormindo desse jeito você vai acabar chegando atrasado!
E ele dizia: - Peraí que vou dormir só mais um pouquinho...
Apesar de muito preguiçoso, ele sempre ia para a Escola. Pelo menos era o que ele dizia.



Mas muitas vezes ficava brincando pela rua e não pisava nem lá.
- Nasci para explorar o Mundo e não para estudar - vivia dizendo.
Um dia a caminho da Escola, uma amiga da sua turma lhe disse:
- Dizem que naquele Casarão tem um tesouro escondido.



 - Dizem também que lá tem um mistério, e aquele que resolver ganha o Tesouro.
Pronto, era tudo que ele queria ouvir. Era seu sonho ficar rico sem fazer força. Então planejou:
- Amanhã, ao invés de ir à Escola, vou explorar esse Casarão, pegar o Tesouro e ficar Rico!


No dia seguinte, sua mãe até estranhou ele ter se levantado tão cedo para ir à Aula.
Só que ele não foi. Foi sim, direto para o Casarão. Escondeu sua mochila numa moita ali perto, e devagarinho subiu os degraus até a porta.
Pelo que diziam ninguém morava ali há mais de 150 anos.



Antes de empurrar a porta, ele colocou o ouvido nela para ver se ouvia algum ruído vindo de dentro.
Como nada ouviu resolveu entrar. Ao empurrar a pesada porta, ela fez um barulho que o deixou arrepiado da cabeça aos pés... Quando ela abriu, uma estranah Luz saiu lá de dentro...



Então ele viu uma COISA que não gostaria nunca de ter visto!
Era Uma Criatura Monstruosa, que deu uma gargalhada tão terrivel, que o deixou paralisado.
E aí a Criatura falou:
- Então você gosta de Gazear aulas... Você agora vai morar aqui comigo para sempre...



E a estranha Criatura disse ainda:
- Muitos iguais a você já entraram aqui, e nunca mais sairam. Venha não seja tão acanhado entre...
Ele não sabe como conseguiu se mexer, mas conseguiu...
Então ele deu o maior carreirão da sua vida, e viu que a Criatura correu atrás para pegá-lo...


Ele corria e só ouvia o ruído do Bicho logo atrás dele.
Correu o mais que pode, e entrou numa floresta muito fechada e escura.
- É minha única chance de escapar dele - Pensava aterrorizado.
Então descobriu que estava perdido e já havia anoitecido...


Nesse momento, Ele sentiu que estava sendo observado!
Então viu à sua volta, Olhos ameaçadores olhando para ele de dentro da mata.
Cheio de pavor, pensou na sua Mãe, e muito arrependido disse:
- Nunca mais deixo de ir à Escola! - E deu o maior grito da sua vida.


Foi nesse momento que aconteceu um verdadeiro milagre.
Ele descobriu que estava sonhando e que acabara de acordar...
Pulando de alegria ele disse:
- Então foi tudo um sonho... Foi um sonho para me mostrar que eu estava no caminho errado...



A partir daquele dia, ele nunca mais acordou tarde e nem deixou mais de ir para a Escola.
E todo dia, antes de sair, dava um beijo na sua Mãe e dizia:
- Você é a melhor Mãe do mundo.
início

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dicas de Leitura

A Pequena Sereia



Chapeuzinho Vermelho


 Pinóquio


Os Três Porquinhos



Dicas de Leitura


Este livrinho de rimas apresenta a patota da pipoca, uma turminha que vive aprontando . Quando ela se reúne, todos ficam de cabelos em pé.


Nesta obra infantil de Ziraldo, verso e desenho contam a história de um menino traquinas que aprontava muita confusão. Alegria da casa, liderava a garotada, era sabido e um amigão. Fazia versinhos, canções, inventava brincadeiras. Tirava dez em todas as matérias, mas era zero em comportamento. Menino maluquinho, diziam. Mas na verdade ele era um menino feliz.



 Escrito em versos, este livro conta a história de uma lagarta muito comilona que estava acabando com todas as folhas da floresta. Reunidos, a Formiga, o Louva-a-deus, o Camaleão e o Caracol decidiram acabar com ela, já que só trazia prejuízo para todos. Mas era primavera e a lagarta tinha desaparecido.





A Bolsa Amarela já se tornou um 'clássico' da literatura infantojuvenil. É o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela)- a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação- po si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio 'criança não tem vontade'- essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.



Parlenda é um jogo de infância que toda criança conhece. Os versinhos podem ser aprendidos em casa ou com os amigos, mas a verdade é que as parlendas são tão antigas que ninguém sabe quem as inventou. Neste livro divertido, Heloisa Prieto reúne algumas das mais conhecidas, como o "Unidunitê", o "Ninho dos mafagafos" e "Batatinha quando nasce", e adiciona à brincadeira outros versinhos de criação própria. Para não deixar ninguém de fora, a autora ainda dá dicas de como inventar uma parlenda para, quem sabe, ouvi-la sendo cantada daqui há muitos e muitos anos.

Numa linguagem simples e despretenciosa, que brinca saborosamente com rimas, cores, nomes e aparências de coisas, todo amplo universo de experiências se torna acessível à criança nos poemas de Lalau.


O livro Menina Bonita do Laço de fita conta a história de um coelhinho bem branquinho que faz de tudo para ficar pretinho como aquela menina do laço de fita que ele acha linda. Mas ele não sabe como a menina herdou aquela cor.